Tornou-se comum as queixas femininas quanto ao trato masculino. Não raro são aquelas que se sentem estupradas ao dar ou receber um simples bom dia. O homem moderno, por assim dizer, perdeu sua elegância e finesse. Esqueceu ele que a Mulher é uma joia rara que deve ser descoberta ou revelada. Poucos são os homens que possuem sensibilidade com o sexo oposto. Comuns são aqueles que num simples olhar despende-se dos pudores que deviam norteá-lo no trato com uma dama. Agem como verdadeiros invasores que, na calada da noite, invadem e subtraem o que é de mais precioso de alguém. No caso, roubam da Mulher sua dignidade feminina, cujo ser delicado e sublime deve ser respeitado. A maioria dos homens confunde a sutileza de um sorriso feminino com permissão para violar a intimidade; realizam o cortejo revelando suas faces primitivas e, assim como algumas espécies de mamíferos e aves, promovem um verdadeiro espetáculo com o escopo único de acasalar.
É preciso recordar que a espécie humana é diferente e a relação entre macho e fêmea se dá mediante cortejo. Poucos são aqueles que sabem que a arte de cortejar é um jogo. É saber despir a outra pessoa sem deixá-la nua. É quebrar as resistências num envolvente jogo mental, onde o toque ou o sexo sequer precisa ocorrer para atingir o clímax.
Cortejar é, antes de tudo, saber envolver e entender que a maioria das pessoas gosta de sentir que é especial e que a Parceira(o) se sentiu encantado por prestar atenção às suas qualidades… Homens, lembrem-se: estamos vivendo a era da hipossexualidade…
4 Comments
Olá aqui é a Carol Rocha, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.
Ola Carol Rocha.
Agradecido pelo comentário. Fico feliz em tê-la ajudado.
Precisando, sinta-se à vontade para contatar.
Cordialmente.
Miqueas
Ótimo texto. O cortejo está tão escasso que quando acontece, achamos que é algum tipo de golpe. Aprendemos a viver com migalhas em relações abusivas onde a independência feminina é confundida com fortaleza física emocional. E então os homens deixam de cuidar, de proteger de regar com afeto, afinal a independentona não precisa de nada disso. O homem tem orgulho da mulher independente, a desfila para a sociedade, mas no fundo morre aos poucos, por pura ignorância e soberba. A masculinidade se esvai quando se queima o papel de provedor e protetor do lar. Então eles vão à caça fantasiosa de quem lhes prestam uma relação de subserviência, para que possam impor um pouco de sua masculinidade. É o patrão que adultera com a secretaria, o médico com a enfermeira…. relações de fetiche de sobrevivência, onde eles exercitam sua dominância sobre a aquela que só tem ganância. Co-dependência financeira e emocional prevalecem. Então a mulher independente e ferida sai de cena e tempo depois encontra um homem disponível, gentil, cortês, que a mima de todas as formas dentro de suas possibilidades, a protege, a cuida, a elogia sem parar…. faz seu papel de homem com louvor. E ela o que faz? Sai correndo, pois provavelmente é golpe. É bom demais para ser verdade. Com certeza tem algo errado. Será que sou merecedora desse príncipe encantado? Claro que não, príncipes não existem! Nos convenceram que o padrão é receber migalha e ainda ser culpada por ser traída. Aí sim é normal. Nós mulheres tememos tanto um homem com H que os exterminamos com nossos medos e aceitação do inaceitável.
Prezada Pamela, bom dia.
Muito obrigado pela visita ao meu humilde blog e, principalmente, pela generosa escrita e importante opinião.
Um forte abraço.